segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Casamento duplo: quatro sonhos em uma única cerimônia

Irmãos gêmeos e melhores amigas compartilharam tudo, desde a festa de casamento ao bairro onde moram hoje



























Lúcio Oliveto conta, divertido, que é alguns segundos mais velho que Júlio, seu irmão gêmeo. Eles sempre fizeram tudo juntos, da escola ao trabalho, e até combinam o dia de cortar o cabelo no mesmo salão. Às vezes, Lúcio e Júlio fazem comentários idênticos, quase sem querer. Essa ligação especial que os comerciantes de 27 anos têm entre si não poderia resultar em outra coisa: eles se casaram com Mariana Orsi e Juliane Gazzi em 22 de outubro, na mesma cerimônia, em um salão de eventos da Embraer, em São José dos Campos.
“Na verdade, foi um casamento entre quatro pessoas, pois nós somos muito ligados”, diz a comerciante Juliane Gazzi, esposa de Lúcio. Ela e Mariana também têm uma amizade especial, que começou quando elas eram ainda meninas, na terceira série. No colegial, precisaram estudar em colégios diferentes, mas a distância não as separou. Foi nessa época, no começo de 2002, que Mariana começou a namorar Júlio.
Juliane tentou por diversas vezes conquistar o gêmeo “mais velho”, mas sem sucesso. Três anos depois, em 2005, Lúcio cedeu e engatou um relacionamento sério com Juliane. A partir daí, as histórias dos gêmeos e das duas melhores amigas caminharam lado a lado, até o altar e o que veio depois.
Um pedido, uma cerimônia, quatro histórias 
Em abril do ano passado, os irmãos decidiram que era o momento para assumir um compromisso maior com as namoradas. Lúcio e Júlio faziam aniversário naquele mês e a ideia de um pedido de casamento durante a festa soou ideal. As três famílias sabiam do plano, mas foi uma grande surpresa para Mariana e Juliane.
Na hora de cortar o bolo, Júlio não titubeou: “Para realizar o meu pedido, eu preciso que uma pessoa diga que o aceita”, disse ele, enquanto mostrava as alianças a Mariana. “Eu também!”, exclamou Lúcio a tempo, aproveitando a deixa do irmão.
Pedidos feitos, os casais começaram a planejar todos os detalhes da cerimônia. “Não queríamos nada tradicional demais”, lembra Juliane. Em vez de deixar o casamento com diversos fornecedores, eles preferiram colocar a mão na massa e cuidar de tudo por conta própria.
A decoração, as lembrancinhas e até os doces da sobremesa foram feitos pelos noivos e seus familiares
Para ajudar na logística do dia, eles contrataram a assessora Helen Lima, que deixou tudo nos eixos para quando chegassem ao salão. “Eles estavam muito entrosados e os gostos das noivas são bastante semelhantes”, afirma ela. Mariana e Juliane sempre conversavam sobre cada detalhe, para chegar a uma escolha comum às vontades de ambas.
A equipe de Nálbia Queiroz, da DG Imagem, nunca tinha trabalhado com um casamento duplo. Foi preciso dobrar o número de fotógrafos para cobrir o grande dia, já que a festa tinha mais de 300 convidados. “O maior desafio foi atender aos sonhos de duas noivas, ou seja, dividir o nosso foco”, comenta Nálbia.
Os casais, suas famílias e amigos próximos também ajudaram a organizar o casamento. “Nós quatro fizemos as lembrancinhas, o avô da Mariana escreveu os nomes dos convidados nos convites e nossa mãe ajudou na decoração”, detalha Lúcio. Os docinhos foram feitos por familiares de Juliane.
O resultado foi uma cerimônia meio retrô, meio campestre, com muitos detalhes personalizados e que remetiam às histórias dos irmãos e suas noivas.
Depois do “sim” 
O destino de lua de mel foi comum aos dois casais: uma semana em um resort em Punta Cana, na República Dominicana. Como a cerimônia já havia sido dupla, eles acharam interessante prolongar a experiência. “Foi divertido, pois um casal animava o outro durante a viagem”, diz Lúcio.
Hoje, Mariana e Júlio e Lúcio e Juliane moram no mesmo bairro, em São José dos Campos, mas em casas diferentes – a poucos minutos de distância. Juliane diz saber qual é o segredo para tudo dar tão certo entre os quatro. “Eu e a Mariana aceitamos o fato de que o relacionamento entre eles vem em primeiro lugar sempre”, conclui.
Fonte: Giovanna Tavares - iG São Paulo | 14/11/2012


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